Boa noite gente! Obrigado Gente! Assim, com poucas palavras, João Bosco mostrou em Amsterdam que sua música continua mais atual e necessária que nunca. Numa turnê pela Europa, o artista e ícone brasileiro canta, reconta e reinventa sucessos da música brasileira, dos seus mais de 45 anos de carreira, além de canções do mais recente álbum ‘Mano que Zuera’ (2017).
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João Bosco em constante inovação
É sabido que João Bosco é aclamado nacional e internacionalmente pelo seu violão virtuoso, melodias inesperadas e canções que formam um estilo único. Mas o que o torna ainda mais singular é a sua capacidade de mesclar tantas influências e de reinventar constantemente a sua obra.
Fôlego musical em ótima companhia
Como de costume, João Bosco estava acompanhado por brilhantes músicos; como o mago da bateria Kiko Freitas – que a todo momento roubava a cena -, a guitarra refrescante e versátil de Ricardo Silveira e a criatividade do baixo de Guto Wirtti. Com o seu quarteto, o cantor e compositor mostrou que aos 70 e poucos anos está com um fôlego musical de atleta e ainda tem muito a contribuir para a música no Brasil e no mundo.
Passaporte musical
Como um passaporte musical, o repertório do show nos levou a vários destinos. Assim, fomos à Bahia com os seus afroritmos, em canções como ‘Vatapá’ de Dorival Caymmi e ‘Cordeiro de Nanã. Já ‘Ultra Leve’, canção do mais recente álbum, foi um voo pelo Rio. Ainda tivemos direito a ouvir ‘Lygia’ de Jobim, vestida num arranjo de jazz, que nos levou num tapete mágico pelos ares e areias cariocas. Ah, se não teve ‘O Bêbado e o Equilibrista’ ou ‘Papel Machê’, não faltaram os clássicos como ‘Incompatibilidade de Gênios’, ‘Kid Cavaquinho’ e ‘Odilê e Odila’- que fizeram a plateia cantar junto e matar as saudades.
O universo de João Bosco
O show nos levou a vários lugares, mas o melhor de João é o seu próprio universo. É que a sua musicalidade nos faz navegar em dimensões e texturas surpreendentes. Como um corsário incansável, João Bosco faz novas conquistas sonoras a todo momento, mas sem nunca sair do seu estilo. Ouvir João (principalmente ao vivo) é como provar um sabor conhecido. Só que numa receita inédita. João é jazz, é MPB, é samba, é latin, mas na essência, João é Brasil e um Brasil do qual ainda podemos nos orgulhar. Obrigada João! Volte sempre.
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