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Quem é o novo Primeiro Ministro da Holanda?

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A pobreza na Holanda foi o tema principal para os planos do governo para 2024

Primeiro Ministro da Holanda? Sim, finalmente a gente tem um primeiro-ministro na Holanda. O nome dele é Dick Schoof e ele é o ex-chefe do serviço de inteligência holandês. Essa nomeação é uma mudança significativa na política holandesa. Afinal, teremos um primeiro-ministro sem experiência política pela primeira vez. Se um por uma lado, ele não ee polírtico, por outro andava nos bastidores de Haia. Inclusive sendo responsável pela segurança do líder do PVV, partido de extrema direita – hoje o maior partido político da Holanda.

A Holanda tem pela primeira vez um primeiro ministro sem experiência política

 

Um pouquinho de contexto

O PVV, partido de extrema direita, saiu vencedor nas eleições de novembro de 2023, conquistando 37 assentos no parlamento holandês. Mas, apesar de ganhar a eleição, Wilders, seu líder, não ganhou o cargo de primeiro ministro. Como isso se tornou um empecilho nas negociações fo gabinete, Wilders resolveu abandonar o sonho de se tornar o líder do país  e abriu o camminho para a formação de um gabinete de extrema direita. E a escolha foi justamente por alguém sem histórico político, mas que sempre orbitou o planeta do Binnenhof.

Mas quem é o novo ministro?

Ele é Dick Schoof e ficou conhecido por seu papel como chefe do Serviço Geral de Inteligência e Segurança. Também liderou o IND, serviço de imigração e naturalização da Holanda. Ou seja, a sua expertise está em segurança e imigração. E esses são os temas preferidos do PVV. Mas a sua nomeação é, na verdade,  um movimento estratégico para tentar garantir estabilidade no comando do governo holandês. 

Gabinete extra-parlamentar

O novo governo é um gabinete chamado de extra-parlamentar. E o que isso significa: um governo formado com participação de especialistas e figuras fora dos círculos políticos tradicionais, Assim, o governo vai tentar manter inteiro o vaso trincado que é essa coalizão. 

Foram 6 meses de negociações e muita gente mordeu a língua, deixou de lado princípios (ou não). Ou, simplesmente, não achou uma opção política para sair do embaraço que é fazer  parte desse governo. Afinal, se eles não chegassem a um acordo, haveria uma nova eleição e o resultado não seria muito diferente das últimas eleições. Ao mesmo tempo, não estavam dispostos a governar com partidos da oposição. Ou seja, é uma questão de opção, de escolha a fazer parte de um governo que tem a liderança de um partido de extrema direita,

Mas e agora?

Agora, Schoof, vai passar pela prova de fogo. A estratégia de ter alguém fora do contexto político, pode fazer com que o gabinete ganhe tempo. Afinal temos que ver pra crer. Já que não temos referências políticas em relação ao novo líder do país. Mas alguém que se dispõe a executar o plano e trabalhar com esse gabinete, já me deixa com dois pés atrás.

 

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